Neste segundo artigo sobre o Censo Demográfico 2010, conto um caso de uma recenseadora que contou seu caso.
A situação dela é o seguinte, O IBGE trabalha com uma data de referência de 31 de julho a 1 de agosto de 2010. Ninguém pode iniciar antes desta data, antes, porém, existe um treinamento para os recenseadores, aulas ministradas por ACS, ou melhor, Agente Censitário Supervisor, são os agentes que trabalham diretamente com os recenseadores.
A recenseadora em questão começou a recensear depois da data de referência, mais precisamente dia 4 de agosto.
Iniciou o seu trabalho de recenseamento dos domicílios no setor censitário, ou seja, a área de trabalho do recenseador. Durante o todo trabalho ela não constatou nenhum problema e continuou a trabalhar no seu setor.
Quando terminou o setor, mal sabia que havia um erro primário que nem ela (recenseadora) e nem sua supervisora notou. Completou seu trabalho sem saber que a data e a hora estava antes da data de referência, erro técnico do computador de mão ou como chamamos de PDA.
O erro era técnico e não causado propositalmente pela recenseadora, ninguém quer ter algum problema no seu trabalho.
Este era um problema simples que poderia ser solucionado como ajuste de hora e data. Entretanto, tornou-se uma dor de cabeça, porque alguns funcionários que recebem os dados no IBGE não aceitaram os dados alegando que o recenseamento tinha sido feito antes da data de referência.
Alegação absurda, porque o treinamento acabou perto da data de referência. O recenseador só adquiriu a posse do PDA no posto de coleta, assinando os termos de responsabilidade.
Era fácil saber disso, ninguém tinha posse do PDA antes da data de referência, a não ser no treinamento.
As pessoas que estão a frente desse Censo é de um tal despreparo visível. O comportamento dessas pessoas faz pensar que o IBGE é pior que uma empresa de quinta categoria.
Para alguns recenseadores já se passaram duas ou mais semanas sem ver a primeira parcela do pagamento. Como também é o caso relatado da recenseadora.
Todo atraso de pagamento é um desrespeito, uma afronta contra o trabalhador. Os recenseadores dos censos demográficos anteriores trabalhavam de forma igual (tirando o fator do recurso tecnológico). Eram valorizados monetariamente. Esse, aliás, além de não serem valorizados financeiramente não são respeitados dignamente.
Eles precisam acaba com essa de pagar os recenseadores com duas parcelas, terminou o trabalho, fez o diagnóstico do setor, pagamento integral.
O recado está dado.